AMÉRICO PERES À “PÁGINA” DE DEZEMBRO
Há muito mais coisas que nos unem do que as que nos separam
“Educar não é fácil, requer paciência, amor, rigor, tranquilidade, ética, estética; requer uma efetiva relação dialógica entre todos os atores que fazem parte da vida da escola. E atualmente esta relação é conturbada. Os professores andam desgastados, são maltratados, têm sido menorizados. Não é bom para eles, mas também não é para a escola, nem para as famílias, nem efetivamente para os alunos. Este curto-circuito permanente entre governo, professores, pais e a própria sociedade civil não leva a bom porto.”
MANUEL SOBRINHO SIMÕES À “PÁGINA” DE DEZEMBRO
O maior sucesso do Ipatimup é a formação
“Em 25 anos, passaram por aqui dezenas e dezenas de miúdos, alguns fora de série; uns estão cá, outros nos Estados Unidos, na Austrália, na Nova Zelândia, no Canadá… Nós temos um problema gravíssimo de ignorância em Portugal, e haver universidades, ou centros de investigação, ou escolas que diminuam a ignorância, dá-me um orgulho bestial – ver miúdos que andaram aqui comigo a trabalharem nos melhores centros do mundo é uma recompensa. E também, cada vez mais, a formação de associações de doentes e dos doentes, a literacia em relação ao cancro.”
PEDRO LAMARES À “PÁGINA” DE DEZEMBRO
O nosso património cultural assenta na poesia
Sobre A Minha Pátria é a Língua Portuguesa, para professores: “O que faço é tentar desmontar os vícios de leitura que associamos à dramatização do poema, a declamação, o recitar, a impostação da voz. Costumo dizer-lhes: não digam para o além, digam para o aquém, para as pessoas que estão aqui à vossa frente, olhem-me nos olhos e digam-mo com verdade, não criem artifícios, não exagerem, não expliquem nada, porque eu entendo e os alunos também entendem. O nosso público é tão inteligente como nós.”
JOÃO ARRISCADO NUNES À “PÁGINA” DE DEZEMBRO
Mudar é muito difícil, há muita resistência!
“Não se pode manter um regime democrático quando as pessoas deixam de reconhecer no Estado a capacidade de responder a um conjunto de exigências básicas que incluem os serviços públicos [...] Uma das ideias mais perigosas é de que não há distinção entre público e privado: seja quem for que o preste, um serviço é sempre um serviço e deve obedecer sempre a uma certa racionalidade económica [...] O grande risco hoje é a abolição dos adjetivos público ou privado e ficarmos apenas com serviços.”
TAMBÉM EM DEZEMBRO
- Do “publicar ou morrer” ao uso da pesquisa em Educação – Gustavo Fischman e Adai Tefera
- Américo Peres: la emoción inteligente de un magistério cordial – José A. Caride Gomez
- Ressuscitar o morto – José Rafael Tormenta
- Hannah Arendt no século XXI – Carlos Mota
- Ilse Losa evocada por Ramiro Teixeira – Júlio Conrado
- Educação: entre a reflexão analítica e o deserto do real – Ivonaldo Leite
- A mediação intercultural como prática da Pedagogia Social – Ana Vieira e Ricardo Vieira
- Erasmus (também) dá pão e filhos – Luís Souta
- Futebol e literatura – Manuel Sérgio
- Em suma – Luís Vendeirinho
- Est-ce que… (portefólio de José Manuel Soares)
- Portugal, remorso de todos nós – Ariana Cosme e Rui Trindade
- Qualidade da educação e prestígio dos professores – Carlos Cardoso
- Nunca sigas alguém apenas porque parece que sabe para onde vai… - António M. Magalhães
- Quiero ser alguien que aquí no existe! – Miguel A. Santos Guerra
- O nosso património cultural assenta na poesia (reportagem)