N.º 195, série II - inverno 2011
editorial
004. Páginas de Vida e de Democracia
Isabel Baptista
006. A democracia que Abril nos trouxe permitiu que nascessem as primeiras organizações sindicais docentes.
O futuro espera-nos e os esteios em que nos apoiamos só podem dar-nos confiança.
Ana Brito Jorge
008. OLGA POMBO
“Apesar de tudo, ao professor é dado um espaço próprio, que é a aula. E embora as pedagogias tendam a diminuir a sua importância, eu acho que o espaço da aula é uma clareira. É um lugar muito importante e muito bonito. Fechar a porta de uma sala e ter lá dentro 20 ou 30 crianças e um professor mais velho é um fenómeno muito estranho, em que muito pouca gente pensa. E quando o professor fecha a porta da sala e diz “agora vamos começar a nossa aula”, há aqui uma espécie de oportunidade.
(...) Portanto, eu sou completamente contrária à ideia de abrir a escola ao meio e toda essa conversa fiada que, em última analise, só serve para desmantelar esse lugar mágico que a sala de aula”.
020. O rei vai nu!
E mesmo sendo um prato, por professor não o trato, senhor Crato. Nem lhe estou grato!...
José Rafael Tormenta
022. Os rankings e a defesa de parcerias público privado como forma de governo das escolas públicas
Sendo as lideranças e a qualidade dos professores fundamentais na vida das escolas, não são estes factores que, só por si, permitem que se vença o concurso anual que os jornais têm vindo a promover.
Ariana Cosme e Rui Trindade
025. Portugal está mergulhado na obscuridade da crença num modelo epistemológico falido. Sucessivas gerações de vidas são desperdiçadas. As escolas são fábricas de desperdício.
José Pacheco
026. Desafios para continuar a desenvolver o Ensino Secundário
Os desafios enunciados têm que ser enfrentados para que o Ensino Secundário possa responder mais cabalmente às necessidades dos jovens e às exigências da sociedade.
Domingos Fernandes
028. A propósito das TIC…
Presumir que um saber se esvazia de sentido escolar porque os jovens já dominam a sua apreensão utilitária e instrumental revela uma concepção das prioridades na Escola, mas, igualmente, uma falta de vontade de aprofundar o que está em jogo.
Henrique Vaz
030. EFA, uma agonia anunciada
Estão a ser impedidos o funcionamento de muitos CNO, a continuidade de diversos projectos e a abertura de novos cursos EFA, configurando um novo e profundo retrocesso na educação de adultos que urge travar.
Teresa Medina
032. Equidade educativa: em busca de excelência para todos
Equidade e excelência são indissociáveis da qualidade em Educação e é desta forma que se comportam os sistemas educativos mais avançados.
David Rodrigues
034. Um abrigo na desolação
“A Estrada” faz reflectir sobre privilégios de que dispomos, que damos por garantidos, mas a que muitos não têm acesso. As crianças maltratadas encontram-se nesse grupo desprotegido.
Paulo Delgado
036. Hacia una pedagogía de la elección: más allá de Freire
La crítica ha de ser substituida por el criterio, porque sólo eso puede permitirnos discriminar cuando hay que ser críticos y cuando no.
Xavier Úcar
038. A mediação escolar ou sociopedagógica na construção de uma Escola para a (con)vivência
As pessoas aprendem comparando o que já sabem com a novidade. Portanto, em resultado de uma mediação relativamente ao seu modo de ver, aos seus conhecimentos, à sua leitura do mundo.
Ana Vieira
040. ANTÓNIO FONSECA
“Se dizem que a idade da reforma deve aumentar para os 67 ou até para os 70 anos, eu posso achar muito bem, mas levanta-se logo uma série de questões. Pegando no exemplo da educação: podemos perguntar a quem toma as decisões se, podendo escolher uma professora para o filho, escolheria uma com 30 anos ou uma com 67? Provavelmente vão escolher uma com 30, porque vão ter medo que a mais idosa ouça mal, tenha dificuldades, não controle a sala de aula… Este exemplo muito simples ajuda a perspectivar as coisas – aumenta-se a idade da reforma, mas quais são as consequências que isso pode trazer? Porque não nos podemos esquecer que há profissões de grande desgaste, que não conseguimos exercer da mesma forma aos 30 anos e aos 67. Por uma razão biológica, logicamente”.
048. Professores para sempre
A PÁGINA foi ouvir professores aposentados para quem esse estatuto não significa estar parado. Queríamos saber o que sentiram na passagem à reforma, o que andam a fazer, como vêem a escola desde fora. Os testemunhos revelam diferentes experiências e afazeres e um traço comum – a intensa paixão pelo ensino. E que o “bichinho” da profissão não morreu.
Reportagem de Francisco David Ferreira e Teresa Couto
054. Misteriosa ciência…
A UE não pode viver do que tem? A que propósito vamos pedir dinheiro à China, onde os operários trabalham por 0,8 euros/dia e 800 milhões de pessoas vegetam na total miséria?
Carlos Mota
056. Nações Unidas: construção da paz ou pacificação?
A Educação poderia desempenhar um papel muito mais positivo na reconstrução pós-conflitos, mas continua a ser marginalizada entre as actuais abordagens da ONU.
Mario Novelli
058. A classe média como termómetro social
A classe média divide-se entre aqueles cujo poder de compra lhes permite permanecer no mercado e aqueles que a crise deixou sem capacidade de escolha.
Xavier Bonal
060. Não é a crise, mas o sistema!
“Tomar a rua” tornou-se um movimento performativo de intensidade nova, num plano que se refina em escalas globais, nacionais e locais.
Paulo Raposo
062. Na roda de David Byrne
Com as contingências da crise que atravessamos, talvez os parques de estacionamento passem a ter mais bicicletas e menos carros.
Filipe Reis
064. Os zabumbas descem a Avenida / Entram na Praça da República / Atroando os ares com a batida / Das tensas peles dos bombos.
Salvato Teles de Menezes
066. PEQUENA HISTÓRIA DE COISAS COM PÉS OU CABEÇA
Portefólio de Sufya Cacau
074. “Um dia com os media”: questionar para mudar
Está em preparação uma jornada de sensibilização dos cidadãos para o papel e o lugar que os media têm no seu dia-a-dia. Fará sentido aproveitar para partilhar o que tem sido a experiência quotidiana de cada um.
Manuel Pinto
076. Tudo ao mesmo tempo agora
A Escola não pode ser tão rápida quanto as redes sociais. Ela tem que dar conta de “tudo” no seu tempo – o da análise, não passível de compressão.
Raquel Goulart Barreto
078. Dez anos é muito tempo (?)
A questão das línguas não vive apenas de iniciativas pontuais e festivas; cresce com acções regulares que podem (re)começar em qualquer altura.
Betina Astride
079. Dentrofora do muro da escola
As escolas e seus praticantes criam possibilidades de acções pedagógicas para outras compreensões do mundo e do que devem aprender ensinar os que estão entre seus muros.
Nilda Alves e Nivea Andrade
080. Autorias infantis: o brincar como exotopia
A criança brinca para pensar o mundo. Brincando como actividade estética exotópica, a criança insere-se no mundo e o compreende.
Marisol Barenco de Mello
082. O que é a educação
Há várias definições de educação. A mais simples é dizer que educação vem do latim “educare”, desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais; instruir; doutrinar; domesticar.
Raúl Iturra
084. Trabalhar à volta da escola: o Natal e a saúde
Concentrando-nos na alimentação saudável, como pode esta dimensão ser trabalhada a pensar no Natal?
Débora Cláudio
086. Telemóveis: formas de pensar e de sentir
O telemóvel proporciona portabilidade e instantaneidade nos contactos. A nova ferramenta possibilitou ainda a emergência de uma nova linguagem.
Rui Tinoco
087. Antioxidantes alimentares
O consumo de antioxidantes por meio dos alimentos é a opção mais segura, uma vez que a ingestão de suplementos não é suficientemente conhecida.
Departamento de Conteúdos do Visionarium
088. O Universo “invisível”
Depois dos passos gigantescos dados no século passado, a Cosmologia questiona agora os fundamentos da Física.
Rui Namorado Rosa
089. A infância no cinema dominante
Os filmes destinados às crianças tornam-se um bom pretexto para vender uma infinidade de produtos derivados, para além de tenderem a uniformizar pelo gosto crianças de todo o mundo.
José Miguel Lopes
090. Africanidades e educação das relações
étnico-raciais
As africanidades brasileiras vêm sendo elaboradas desde que os africanos escravizados trabalharam para a construção da nação brasileira.
Petronilha Gonçalves e Silva
092. ANTÓNIO PINHO VARGAS
“Não haver um ministério, mas uma Secretaria de Estado da Cultura, é apenas uma desvalorização simbólica. Preocupo-me mais com a forma como se põem a funcionar os equipamentos culturais que pertencem ao Estado e como se considera a atribuição dos subsídios às pequenas instituições e aos grupos das diferentes áreas culturais, como o teatro ou o cinema. Os cortes que agora estão a ser executados vão pôr em causa muito trabalho cultural em todo o país”.
098. Pensar a República
Não seria despiciendo que o ministro da Educação começasse por mandar afixar o Hino completo em todas as escolas, confiando aos professores a modernização da semântica para nomear quais as “armas” e os “canhões” de hoje.
Leonel Cosme
100. Erros fatais de uma democracia imberbe
Ignorância, medo e pobreza não são sinónimos de estupidez; são o alimento de algo que não augura nada de bom: o desespero.
Luís Vendeirinho
101. Homo Sapiens e Homo Demens
Ora nos revelamos como pessoas de sabedoria admirável, ora manifestamos uma insensatez inesperada.
Manuel Sérgio
102. O soldado que lutou para aprender
Apesar da oposição de funcionários e pais, que não queriam que um lugar precioso fosse dado a um velho, Maruge foi aceite na escola.
Paulo Teixeira de Sousa
104. Artes de palco: uma proposta de passeio ao passado
Um importante acervo documental relativo às artes cénicas encontra-se disponível no Arquivo Distrital do Porto, para consulta e estudo.
Raquel Patriarca
108. Cinco verdades
Só tenho pena da minha avó, gosto muito dela!
E quem a vai tratar? Talvez agora eu consiga dormir uma noite sossegada...
Angelina Carvalho
110. presença pedagógica
Outros olhares: aprendendo com as crianças
Crianças da Educação Infantil fotografam a escola.
A brincadeira ajudou a pesquisadora a compreender melhor as percepções infantis sobre o espaço e o tempo escolar.
Cristiana Callai de Souza