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Revista de verão nº 189

junho 2010
€4,00

N.º 189, série II - verão 2010

005. editorial

Memória e identidade: histórias que fazem a história
Isabel Baptista

006. Dos repúblicas pedagógicas

La república sólo es viable con el compromiso político de los ciudadanos, pero éstos deben estar educados y políticamente formados.
José Hernández Díaz

008. Tributo a um Mestre da nossa República

Bento, como carinhosamente chamávamos ao nosso Mestre, representa um expoente máximo em termos de presença pedagógica, humana e cívica.
Isabel Baptista

009. “Dez anos depois de Abril, que contradições na educação portuguesa?”

Talvez pensar e agir no intervalo entre o optimismo que dá a esperança e o pessimismo que nos faz lúcidos.
José Gomes Bento

010. Em memória de Rogério Fernandes

imperativo da cidadania determina uma prática social à altura da dignidade humana, onde a pessoa se assuma como um fim em si mesmo e não apenas como recurso.
Manuel Matos

012. JOAQUIM AZEVEDO

“Mais de três décadas decorridas após a implantação de um sistema democrático em Portugal, verificamos que está tudo praticamente no mesmo ponto de partida: os problemas de fundo, nomeadamente os que se prendem com a participação social e com a educação do ponto de vista comunitário e social, não estão resolvidos; questões sociais como as desigualdades e as grandes assimetrias permanecem iguais. E verificamos que a Escola é uma espécie de passe-vite, onde se entra desigual e de onde se sai certificadamente mais desigual. A Escola pode assumir-se como uma dinâmica muito mais interessante, se mudarmos este paradigma. Acredito que é esse o desafio que temos pela frente”.

020. Contradições, cansaço, democracia...

Será que a reivindicação de uma escola como espaço politicamente mais democrático não passa de um sonho de uma madrugada distante de Abril?
Ariana Cosme Rui Trindade

022. Qual é a sala do presidente do conselho geral?

Adivinha-se o uso discricionário de pequenos-grandes poderes e percebe-se a arrogância de quem está ciente de que o escrutínio dos seus actos é pouco provável ou ineficaz.
Almerindo Janela Afonso

024. Pecados e tentações do saber e do poder

Há saberes, know-how e culturas próprias que não são transportáveis de uns níveis de ensino para outros; mas são ajustáveis, negociáveis, passíveis de serem enriquecidos.
José Rafael Tormenta 

026. A escola e a (con)vivência: esboços e lugares do mediador sociopedagógico

A mediação social e pedagógica como uma estratégia educativa que permite uma melhor relação entre os espaços e tempos educativos formais, não-formais e informais.
Ricardo Vieira Tânia Silva

028. Educação Inclusiva em tempos de cólera

O facto de uma criança poder aprender, conviver, partilhar o dia-a-dia, com colegas que apresentam alguma dificuldade inabitual, é uma fonte de enriquecimento escolar e humano.
David Rodrigues

030. LUIZA CORTESÃO

“A questão da cidadania é uma das mais complicadas de abordar. Sobretudo quando pensamos cidadania em termos de diversidade cultural. O que é cidadania num deter minado contexto poderá não o ser num outro. Mas se pensarmos concretamente na Escola portuguesa, e se assumirmos que, apesar de tudo, ela não é um dos contextos de maior diversidade, julgo que se poderá afirmar que a Escola não contribui habitualmente para a assunção da cidadania. Isto, porque a Escola valoriza sobretudo os deveres dos alunos. Eu luto muito pela ideia de que não se educa para a cidadania. Podem é criar-se situações de educação em cidadania, e isso a Escola pode fazer. A questão é que o faça”.

036. eTwinning Learning Lab

eTwinning ambiciona dinamizar as competências TIC dos professores e torná-las parte integrante do dia-a-dia da sala de aula.
Betina Astride

037. A docência e a avaliação

O professor não é estrito intérprete. Em última análise, é construtor da própria interpretação – entre um currículo de saber, um processo de aprendizagem e os destinatários desse saber.
Henrique Vaz

038. Repensando lo “público” en la universidade pública

Trabajar sobre la definición de lo público excede los límites de estas reflexiones, pero es posible notar al menos cuatro perspectivas en relación al campo universitario.
Gustavo E. Fischman

041. Como pode o ensino universitário ser gratuito?

Os cursos livres, ou grátis, não dão diplomas, mas fornecem uma formação e os materiais educativos para poderem ser livremente utilizados. Mas quem financia esta atividade?
José da Silva Ribeiro

042. O valor do Ensino Superior: acesso, economia e lucro

Existem muitas razões que validam o ingresso na universidade como forma de beneficiar os indivíduos e a comunidade, mas parece terem caído por terra.
Susan Robertson

044. Até que Bolonha chegue...

Processo de Bolonha chegou às instituições pelos procedimentos formais, mas os seus sentidos educativos estão longe de estar a ser devidamente discutidos.
António M. Magalhães

046. As universidades africanas em fluxo

Apesar da diversidade de adaptações e de matizes nas reconfigurações das instituições e da oferta curricular, alguns estudos mostram sentidos coincidentes em certas experiências.
Humberto Lopes

050. Sara Ocidental: um país à espera de acontecer

Como os timorenses ansiaram, os sarauís anseiam por votar pela liberdade da sua pátria. Se o referendo timorense tardou a chegar, o da autodeterminação sarauí ainda não chegou.
Helena Borges

058. Educação, justiça e solidariedade na construção da paz

Durante três dias, decorreu no Instituto Poli técnico de Leiria o XXIV Encontro Galego-Português de Educadoras e Educadores pela Paz.
Américo Nunes Peres Ricardo Vieira

062. Brasil: Pedagogia Social em construção de identidade

O campo começa a ser compreendido como uma demanda contemporânea com especificidades próprias que não conflitam com a Escola e que exigem qualificação de profissionais e voluntários.
Evelcy Monteiro Machado

063. Crônicas visuais da Escola: fotografias, memórias e histórias

As fotografias são documentos ambíguos de cotidianos ambíguos, que contêm em si realidades e ficções, vivências e prospecções.
Maria da Conceição S. Soares

064. Conversas: caminhos da pesquisa com o cotidiano

Assumir a conversa como metodologia é assumir que podemos aprender com as nossas frases inconclusas, com os milhares de fragmentos que nos constituem e atravessam nossas práticas.
Andréa Serpa

066. [ainda] O desafio da apropriação didática dos produtos culturais

A obra de arte como texto didático – o lugar da escultura hiper-realista no contexto da sala de aula. De que modo as obras de arte podem entrar na sala de aula?
Raquel Goulart Barreto

068. Juegos de Niños

Ao mesmo tempo que evidenciam a plenitude e a irreverência da infância, as brincadeiras de crianças chamam a atenção para aspectos sociais pouco edificantes.
Marisa Vorraber Costa

070. educação para os media

Jornais escolares: “um trabalho fantástico, frequentemente surpreendente” O responsável pedagógico do Público na Escola, Eduardo Jorge Madureira, conversou com a PÁGINA sobre o projecto e o Concurso Nacional de Jornais Escolares.
José Paulo Oliveira

074. Energia: cenários em mudança

As energias renováveis carecem de dispositivos técnicos que deverão ser primeiro fabricados e depois operados, consumindo materiais e energia.

E têm vida limitada.
Rui Namorado Rosa

077. Atitude científica, factor básico da caminhada emancipatória

Temos definitivamente de nos libertar, emanciparmo-nos, do preconceito de autoridade das práticas mediáticas, incluindo da autoridade mediático-científica
Francisco Silva

078. Redes sociais: que desafios para a educação?

Existem muitos desafios a ter em linha de conta no que diz respeito à educação para o uso da internet, mas o principal é começar a trabalhar.
Rui Tinoco

080. Sopa à portuguesa ou sopa PASSEada!

Regime de Fruta Escolar pode não ser apenas uma medida simbólica. Há sinergias com programas de promoção da saúde que podem operacionalizar mudanças reais nas vidas das pessoas.
Débora Cláudio

082. Chocolate e Matemática

O que se aprende no Ensino Básico não é suficiente para uma formação estatística minimamente completa.
Jaime Carvalho e Silva

084. A propósito do mundial de futebol

O futebol espelha questões como a identidade nacional, o problema racial, a religião, a sexualidade.
Mas também é dopagem, corrupção, violência, tráfico de jovens, branqueamento de dinheiro.
Manuel Sérgio

086. Desenvolvimento do desporto: um processo amigável

Os mais fortes apoios aos grandes eventos desportivos são dos países com maior desigualdade na distribuição de rendimentos, sendo os grupos economicamente mais débeis os maiores entusiastas.
Gustavo Pires

088. Aprender com a Bauhaus 90 anos depois

A Bauhaus representou uma primeira tentativa transdisciplinar, relacionando vários saberes. Foi nos anos 20 do século passado, mas os seus ideais continuam vivos.
Jacinto Rodrigues

092. TERESA RICOU

“O Estado é cobarde. O Estado não é inovador. O Estado está instalado. E não pode, tem de se desinstalar, tem de procurar fazer parcerias com as organizações não governamentais. Tem de haver compromissos entre as duas partes, porque o Estado tem uma responsabilidade que tem de assumir – para isso é que pagamos impostos. O serviço público tem de ser reconhecido e tem de ser da melhor qualidade. Tal como se estivéssemos a referirmo-nos a uma entidade particular. É o caso do ensino público, que nos últimos anos adquiriu uma imagem de ineficiência, no qual se tem de apostar para que seja de qualidade. E qualidade implica, nomeadamente, que cada aluno seja valorizado individualmente”.

098. Discurso sobre as pessoas

Do bispo Manuel Clemente ao padre António Vieira, passando por Eça de Queiroz, uma linha de debate sobre a ideia nacional dos portugueses como povo.
Leonel Cosme 

100. Ligado ou desligado?

Uma crítica à adopção de um campo de medida reduzido na avaliação dos alunos juntamente com uma escala igualmente limitada.
Luís Filipe Ricardo

102. Moral e preconceito

Se sonhamos, possamos nem que seja por um momento da História ser actores do sonho, convidados da vida a vivê-la em comum, e sobretudo em paz
Luís Vendeirinho

103. IR.RESIS.TÍVEL

Necessitamos de convocar a “inteligência resolutiva” dos concidadãos para apreciarem devidamente as musas que inspiram as egrégias decisões e os crípticos discursos dos governantes.
José Catarino Soares

104. Direcção 3D

A ameaça do ecrã doméstico está ainda mais presente. Desta vez, o 3D não se pode permitir ser apenas um figurante.
Paulo Teixeira de Sousa

106. O cinema da infância

Se no início a presença deste tipo de cinema se revelava discreta, ela foi-se ampliando e se impondo, como se pode constatar desde Chaplin até aos nossos dias.
José Miguel Lopes

108. um_café.com PAPar com Gorki

Os finalistas da Academia Contemporânea do Espectáculo vão provar a sua aptidão profissional levando à cena oAlbergue Nocturno – com o qual “pretendem confrontar o olhar desatento da nossa realidade”.
Alunos finalistas da ACE

109. Os dispensáveis

Aquele ano começou mal. Professores colocados com atraso, mal colocados, que adoeceram gravemente e saíram; dificuldades com a gestão do espaço...
Angelina Carvalho

110. O chibo

Eu tinha nove anos, acabara a 4ª classe do ensino primário e fui passar uma semana de férias na fazenda do senhor Altino. Tudo se passava no Norte de Angola...
José Paulo Serralheiro

112. Arzila: luz e arte

Dois pretextos para uma viagem a Arzila: a herança arquitectónica portuguesa e o festival de artes que ali tem lugar nas duas primeiras semanas de Agosto.
Humberto Lopes

118. Só as crianças importam
António Veríssimo

119. Violência juvenil
Thereza Bordoni